Cannabis: do 4h20 à especialização dos profissionais de saúde

Published On: 15/04/20243.8 min read

A história da cannabis medicinal é milenar. Pesquisas revelam que as propriedades terapêuticas da planta provêm da medicina chinesa, em meados de 2500 a.C. Na Índia, também existem registros de que a cannabis sativa era aproveitada para efeitos analgésicos e anti-inflamatórios.

Sua chegada às Américas veio com os escravos africanos, que usavam a planta em rituais religiosos e também para tratar dores. Assim, a cultura de usar cannabis se disseminou quase que no mundo inteiro, e com o passar dos séculos seus efeitos se tornaram mais conhecidos. 

Claro, é praticamente impossível pensar na cannabis sem falar dos efeitos psicoativos. A popular “brisa” vem do THC (tetrahidrocanabinol), um dos componentes mais presentes na composição da planta. Por outro lado, essa substância foi fundamental para entender como a cannabis age no corpo.

Quando associada aos efeitos psicoativos, a cannabis é popularmente conhecida como maconha. Na prática, as duas palavras se referem à mesma planta, mas existe uma diferença semântica. 

Maconha ainda é uma palavra carregada de preconceitos, pois historicamente é relacionada com notícias policiais ou clandestinidade. Já quando pensamos em cannabis, o tom fica mais brando e relacionado com saúde e qualidade de vida. A principal semelhança entre os termos é o potencial terapêutico

Por que existem tantos termos para a cannabis?

A cannabis ainda é usada em vários lugares do mundo em rituais espiritualistas que também visam resultados medicinais. Além disso, a planta possui mais de 500 substâncias conhecidas, como CBD (canabidiol), CBG (canabigerol) e o próprio. THC. 

Terpenos e flavonoides também são termos associados, estes presentes também em outras palavras. 

Dia da cannabis (ou da maconha)

Tão abrangente é a cultura canábica que existe uma data simbólica destinada à maconha: 20 de abril. A celebração vem do calendário dos Estados Unidos (4/20), embora a origem por trás da escolha da data não seja exata.

A teoria mais disseminada vem da década de 1970, período no qual um grupo de estudantes da Califórnia popularizou o horário das 16h20 para fumar maconha. 

Essa menção acabou virando um símbolo mundial, inclusive no Brasil, onde a cannabis medicinal também se popularizou rapidamente. 

Como saber diferenciar os termos na consulta?

Uma vez que existem diversas palavras relacionadas ao uso da cannabis, é comum que elas sejam trazidas pelos pacientes. Um dos papéis dos profissionais de saúde é entender a variedade de termos e explicar cada um deles, sobretudo os canabinoides que serão usados no tratamento e seus efeitos.

Um produto full spectrum possui todos os canabinoides, ou seja, o THC está incluso na formulação. Contudo, as quantidades são baixas e não causam alterações na percepção a depender da fisionomia de cada paciente. Esse componente pode não ser receitado em determinados casos. 

Leia mais: Full Spectrum x Broad Spectrum x CBD Isolado

Por que a educação é importante?

Avaliação individualizada, posologia, monitoramento contínuo e conformidade legal são alguns elementos fundamentais para garantir uma experiência terapêutica positiva e segura. 

Os profissionais de saúde desempenham um papel fundamental na trilha do paciente ao longo do tratamento, garantindo o sucesso de cada indivíduo, e tudo isso parte da educação. Assim, temos algumas considerações críticas:

Educação e esclarecimento: Profissionais de saúde capacitados fornecem informações detalhadas aos pacientes sobre os benefícios potenciais da cannabis. Eles esclarecem como os canabinoides interagem com o corpo humano e os efeitos terapêuticos esperados.

Avaliação individualizada: Cada paciente é único, por isso, uma abordagem individualizada é essencial. É importante analisar as condições médicas dos pacientes, histórico de saúde, sensibilidades e tolerâncias. Essa é uma das bases para entender se a cannabis medicinal é apropriada para uma situação específica.

Monitoramento e ajustes: Profissionais de saúde monitoram continuamente a resposta do paciente ao tratamento e fazem ajustes conforme necessário. Isso ajuda a maximizar os benefícios terapêuticos e minimizar os riscos.

Saiba como se especializar em cannabis medicinal

Em comemoração ao dia da cannabis, os cursos da Dr. Cannabis estarão custando R$420,00 durante o mês de abril!

Se você é um profissional de saúde que nunca prescreveu cannabis ou que pretende conhecer mais sobre as propriedades terapêuticas, a trilha Cannabis Medicinal do Zero. A especialização é dividida em Ciclo Básico e Dor. 

A grade curricular inclui a história da cannabis medicinal, além da farmacologia dos canabinoides e funcionamento do Sistema Endocanabinoide. 

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