10 fatos sobre a cannabis que você precisa conhecer
O tratamento com cannabis é relativamente novo no Brasil. Sendo assim, dúvidas recorrentes são comuns entre pacientes e profissionais de saúde.
Neste texto, listamos dez fatos sobre a cannabis que podem fazer total diferença para quem está inseguro.
Os primeiros registros medicinais da cannabis são de 2000.a.C
Propriedades terapêuticas da planta são milenares.Os primeiros registros são da China e citam os benefícios para gota, constipação e reumatismo.
Na época, o imperador Shennong, que também era farmacologista, testou centenas de ervas em si mesmo para avaliar o valor médico de cada uma. Na Índia, também existem registros de que a cannabis sativa era aproveitada para efeitos analgésicos e anti-inflamatórios.
A cannabis medicinal é legal no Brasil desde 2015
Em 2015, a Anvisa autorizou o uso de produtos à base de cannabis exclusivamente para fins medicinais. Naquele ano, 850 brasileiros conseguiram autorização para importar os produtos.
Contudo, para que o plantio seja permitido é necessário uma regulamentação por meio de uma lei. Algumas associações canábicas já conseguiram a autorização judicialmente. A produção é monitorada por órgãos políticos.
Hoje, mais de 430 mil brasileiros usam a terapêutica
Segundo o último anuário da Kaya Mind, empresa de dados sobre a cannabis, o país conta com pelo menos 430 mil pacientes em tratamento.
Pensando em extensão territorial, dentre os mais de 5 mil municípios brasileiros, cerca de 3600 cidades possuem ao menos um paciente canábico. Contudo, estão concentrados na região Sudeste, especialmente em São Paulo e Rio de Janeiro.
Não há registros de mortes por cannabis
Desconsiderando o preconceito que norteia a cannabis no Brasil e em grande parte do mundo, não existem registros de óbitos por conta da planta.
Por outro lado, a maconha (nome popular ligado à cannabis) é considerada uma droga leve. Isso quer dizer que existem contraindicações e que os efeitos podem ser prejudiciais para algumas pessoas.
Cabe destacar que uso adulto (recreativo) não é permitido no país, portanto, profissionais de saúde não devem receitar a cannabis para esses fins. Um exemplo disso, é que a Anvisa proibiu a importação de flores em julho do ano passado, alegando desvio para o uso adulto.
Além disso, o THC em excesso pode viciar
Embora os riscos sejam menores em comparação com outras substâncias, a planta pode causar vício. Isso acontece porque utilizar o THC (tetrahidrocanabinol) em altas doses e sucessivas vezes pode causar tolerância – e consequentemente a necessidade de ingerir mais para causar os mesmos efeitos.
Por isso, os produtos medicinais possuem doses baixas desse componente. Quantidades insuficientes para produzir efeitos psicoativos.
Existem mais de 500 substâncias na cannabis
Embora sejam os componentes mais conhecidos, a planta não se baseia apenas no CBD (canabidiol) e no THC. São pelo menos 500 substâncias conhecidas, sendo cerca de 100 fitocanabinoides.
Esses componentes são responsáveis por produzir efeitos no organismo, sendo eles medicinais ou psicoativos. O CBD é um exemplo de substância que se parece muito com os canabinoides produzidos pelo próprio corpo, chamados de endógenos. Por esse motivo, é uma das substâncias mais aceitas pelo corpo em tratamentos.
O restante são terpenos, que produzem o aroma e o sabor da cannabis; e flavonoides, responsáveis pela coloração. Ambos também podem ser usados para fins terapêuticos.
Existem evidências científicas
Muito se fala sobre a falta de estudos para confirmar a eficácia da cannabis medicinal. De fato, a quantidade de estudos conclusivos ainda é baixa, mas as evidências científicas já encontradas sugerem que os derivados da planta podem auxiliar em diversas condições de saúde.
Esse é um dos motivos que explica haverem evidências científicas em diferentes níveis para epilepsia, ansiedade, autismo, câncer e dores crônicas.
A cannabis pode ser vendida em farmácias
Uma das formas de adquirir os produtos à base de cannabis é comprando em farmácias nacionais.
Isso já é possível desde 2019, ano em que a Anvisa criou a RDC 327 (Resolução da Diretoria Colegiada). A resolução garante “autorização provisória” de cinco anos aos produtos disponíveis nas farmácias, que também são fabricados no Brasil seguindo diversas normas sanitárias.
Nesse período, os fabricantes devem apresentar pesquisas para comprovar a eficácia de seus produtos.
E para comprar, é necessário uma prescrição especial (azul ou amarela).
Cannabis medicinal e maconha não são a mesma coisa
Os produtos autorizados no país são exclusivamente para fins medicinais e devem ser prescritos por um médico ou cirurgião-dentista. Inclusive, o porte só é considerado legal se acompanhado da receita.
Embora sejam relacionados a mesma planta, existe uma diferença semântica que distingue o uso medicinal do recreativo.
O mercado brasileiro de cannabis poderá atingir R$1 bilhão
Também segundo a Kaya Mind, o comércio de produtos à base de cannabis deverá movimentar R$1 bilhão até o final deste ano. Em 2023, este mercado movimentou mais de R$600 milhões.
A expectativa da consultoria é que o mercado gere mais de 300 mil empregos nos próximos anos. E por isso, se você tem curiosidade de fazer parte deste setor, é importante fazer cursos especializados.
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