Burnout e Cannabis: síndrome pode ser tratada com a planta
A Síndrome de Burnout, um esgotamento mental ligado a períodos estressantes de trabalho, ganhou projeção nos últimos anos diante do aumento de casos, principalmente durante a pandemia, quando as fronteiras entre pessoal e profissional se enfraqueceram ainda mais diante da necessidade de ficar em casa e das pressões, medo de demissão e cobranças. Vamos ver como Burnout e Cannabis estão relacionados.
Mas, antes, vamos conhecer melhor a síndrome e seus sintomas para entender como a Cannabis pode ajudar no tratamento.
O termo “Burnout”, que dá nome à síndrome, vem do inglês ‘burn’, que quer dizer queimar, e ‘out’, que significa exterior. Então, de acordo com o site do Hospital do Coração (HCor), “a Síndrome de Burnout pode ser caracterizada como uma queima de fora para dentro, ou seja, fatos externos que causam muita pressão no interior, na mente”. Entre os sintomas estão: graves estados depressivos e episódios de ansiedade.
Já existem estudos promissores que demostram os efeitos benéficos da planta no tratamento da ansiedade e da depressão, mas um estudo específico demonstrou que a Cannabis pode tratar diretamente o Burnout.
A pandemia afetou a saúde mental de muitas pessoas, mas os profissionais da saúde, principalmente que estavam na linha de frente de combate ao covid-19, foram demandados em níveis exaustivos bastante severos. Prato cheio para o Burnout.
Por isso, pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), da USP, selecionaram e acompanharam 120 médicos, enfermeiros e fisioterapeutas do Hospital das Clínicas, da FMRP, que trabalhavam nas alas de atendimento a pacientes coronavírus, entre junho e novembro de 2020.
Por 28 dias, 61 pessoas receberam a dose diária de 300 mg de canabidiol, além de tratamento padrão com orientações e vídeos motivacionais e sugestão de exercício físico. No mesmo período, 59 pessoas receberam apenas o tratamento padrão.
“Os resultados apontaram uma redução de 60% nos sintomas de ansiedade, 50% nos de depressão e 25% de burnout entre os voluntários que fizeram o tratamento padrão mais o uso do canabidiol em comparação com aqueles que só fizeram o tratamento padrão”, de acordo com o Jornal da USP.
De acordo com o professor José Alexandre Crippa, líder da pesquisa, que foi publicada no periódico Journal of the American Medical Association (JAMA), o canabidiol deve ser prescrito por um médico que vai poder monitorar os efeitos colaterais por meio de entrevista e realização de exames laboratoriais.
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