Explorando os benefícios e perfis de canabinoides
Desde o CBD (Canabidiol) até o THC (Delta-9 Tetrahidrocanabinol), os canabinoides mais populares quando o assunto e cannabis, há um mundo de descobertas à nossa espera para ser explorado.
A cannabis contém mais de cem canabinoides diferentes, e cada um possui propriedades distintas que podem oferecer benefícios terapêuticos significativos.
Ao concentrar a atenção apenas nos canabinoides mais conhecidos, podemos acabar negligenciando o potencial terapêutico de outros compostos menos estudados, mas igualmente promissores para a saúde e bem-estar.
Quais os tipos de canabinoides e para que servem?
É fundamental compreender a diversidade de tipos de canabinoides e a importância de conhecer suas funções específicas, uma vez que esses compostos desempenham um papel central na eficácia e no potencial terapêutico da cannabis medicinal. Entenda abaixo cada um deles:
Tetrahidrocanabinol (THC):
– Principal composto psicoativo da cannabis.
– Usado principalmente para potencial alívio da dor.
Canabidiol (CBD):
– Não psicoativo e amplamente estudado.
– Usado para redução de ansiedade, alívio da dor, controle de convulsões, efeitos anti-inflamatórios e como suplemento de bem-estar.
Canabinol (CBN):
– Geralmente encontrado em níveis baixos na cannabis.
– Possui potencial sedativo e pode ser usado para ajudar no sono.
Canabigerol (CBG):
– Geralmente encontrado em concentrações baixas.
– Estudos iniciais sugerem seu potencial como anti-inflamatório, neuroprotetor e no tratamento de condições como o glaucoma.
Canabicromeno (CBC):
– Não psicoativo e encontrado em concentrações mais baixas.
– Estudos preliminares sugerem que pode ter propriedades anti-inflamatórias e analgésicas.
Delta-9 Tetrahidrocanabinol (Delta-9 THC):
– É a forma mais abundante de THC, principal composto psicoativo da cannabis.
– Proporciona alívio da dor, estímulo do apetite, redução de náuseas e vômitos (associados a quimioterapia), e efeito relaxante.
Delta-8 Tetrahidrocanabinol (Delta-8 THC):
– Possui efeitos psicoativos, mas considerados menos intensos que o Delta-9 THC.
– Algumas pessoas o utilizam para fins recreativos ou terapêuticos.
Ácido Canabidiólico (CBDA)
– Precursor do CBD, o ácido canabidiólico (CBDA) encontrado na cannabis in natura que ainda não foi descarboxilada.
– Não é psicoativo e possui propriedades anti-inflamatórias, ajudando no tratamento de condições inflamatórias, como artrite e doenças autoimunes.
– Pode ser eficaz no alívio de náuseas e vômitos (associados a quimioterapia) e na redução da ansiedade e estresse.
Ácido Tetrahidrocanabinólico (THCA):
– Formas ácidas não psicoativas de CBD e THC encontradas nas plantas de cannabis.
– São convertidos em CBD e THC ativos por meio de calor e podem ter propriedades terapêuticas.
Tetrahidrocanabivarina (THCV):
– Compartilha uma estrutura química semelhante com o THC (Tetrahidrocanabinol).
– Redução de tremores e espasmos, regulação do humor e estimulação energética.
Iniciando o tratamento com a cannabis medicinal
Revisar o histórico médico do paciente, entender a condição de saúde, discutir seus sintomas, esses são apenas alguns dos passos que envolvem a condução do médico/cirurgião-dentista prescritor que deseja ajudar o paciente a iniciar o tratamento com cannabis medicinal.
A partir do momento que o médico determina que a cannabis medicinal pode ser benéfica, ele desempenha um papel importante na orientação do paciente quanto à dosagem, método de administração e potenciais efeitos colaterais.
É necessário ressaltar que o processo é individualizado, levando em conta as necessidades específicas de cada pessoa.
Além disso, durante todo a jornada, outro aspecto fundamental é a colaboração entre médicos e pacientes, a fim de garantir o sucesso terapêutico e o bem-estar geral.
Adequando o canabinoide ao paciente
Primeiramente, o profissional prescritor deve considerar a condição médica do paciente. A cannabis medicinal tem demonstrado eficácia no tratamento de uma ampla gama de doenças, desde dor crônica e epilepsia até ansiedade e distúrbios do sono. Sendo assim, a escolha do canabinoide e da cepa específica dependerá da condição a ser tratada.
Outro fator crítico é a química individual do paciente, uma vez que cada pessoa responde de maneira única aos canabinoides. Dessa forma, o profissional de saúde prescritor deve levar em consideração a sensibilidade do paciente, tolerância e reações adversas. Isso pode envolver testes iniciais com pequenas doses para determinar a resposta do paciente.
A forma de administração também desempenha um papel importante. A cannabis medicinal pode ser consumida de várias maneiras, incluindo vaporização, óleos, comestíveis e tópicos. Portanto, o médico ou cirurgião-dentista deve discutir as opções com o paciente e considerar fatores como rapidez de ação e preferências pessoais.