O que é Cannabis; saiba agora e comece sua terapia canábica
A Cannabis é uma planta que possui um alto potencial terapêutico e tem revolucionado a vida de milhares de pessoas no tratamento de diversas doenças e distúrbios. Seu uso medicinal tem sido estudado pela ciência com resultados promissores. Entretanto, ainda há muitas dúvidas. Mas, por fim, o que é Cannabis?
A planta Cannabis é do gênero angiosperma (plantas vasculares com flores e frutos) e está dividida em três variedades: Cannabis sativa, Cannabis indica e Cannabis ruderalis.
Cada uma das variedades da planta tem sua própria gama de efeitos no corpo e na mente, resultando em uma ampla variedade de benefícios medicinais. As cepas Indicas, geralmente, proporcionam uma sensação de relaxamento profundo do corpo.
Enquanto as cepas Sativa tendem a fornecer uma experiência mais enérgica.
As diferenças entre Cannabis Sativa e Cannabis Indica estão fundamentalmente em sua composição química, estética fisiológica e aplicação médica.
Já a Ruderalis é conhecida como uma Cannabis selvagem, de autofloração (produz flores mais rápido), e que contém pouco THC e mais CBD (canabidiol).
Essa característica tem começado a colocar a variedade no mapa da Cannabis medicinal, porém ainda há poucos estudos sobre ela.
Cada variedade contém uma quantidade expressiva de compostos químicos, como fitocanabinoides, terpenos, flavonoides entre outros.
Entenda um pouco mais abaixo a estrutura da Cannabis que confere a ela suas características terapêuticas.
Conheça os fitocanabinoides
Os canabinoides mais estudados e conhecidos hoje são o THC e o CBD.
Porém a planta apresenta centenas de compostos com potencial terapêutico com estudos contundentes.
Entre eles estão os seguintes fitocanabinoides: CBC (canabicromeno), CBN (canabinol), CBG (canabigerol), THCV (tetrahidrocanabivarina), CBDV (canabidivarina), o CBDA (ácido canabidiolico) e o THCA (ácido tetrahidrocanabinolico).
Esses mais de cem fitocanabinoides são responsáveis por ativar os receptores do sistema endocanabinoide presente no ser humano.
Esse sistema atua como regulador de diversos processos biológicos. Por isso, é comum perceber que o mesmo óleo de Cannabis pode ser usado para o tratamento de inúmeras doenças diferentes.
Os receptores CB1 e CB2 são responsáveis por esse processo de equilíbrio do sistema, possibilitando uma equalização daquilo que se mostra em desarmonia no organismo.
Entretando, à medida que os pesquisadores aprendem mais sobre as possibilidades da Cannabis medicinal, pode ser que ela venha a servir como um componente vital no futuro da medicina.
Com dezenas de benefícios à saúde já revelados em estudos existentes, os canabinoides têm o potencial de afetar positivamente a qualidade de vida de inúmeras pessoas.
Uso medicinal da Cannabis
Os relatos do uso medicinal da Cannabis podem ser observados em escritas e símbolos de civilizações antigas na China, na Índia e no Egito. Portanto, a história da planta caminha lado a lado com a história da humanidade.
Porém, é a partir da década de 1960 que os estudos começam a avançar mesmo em meio a uma série de desafios diante do proibicionismo alarmante que só crescia.
Em 1963, o químico israelense Raphael Mechoulam, da Escola de Medicina da Universidade Hebraica de Jerusalém, isolou o CBD e, posteriormente, o THC, abrindo margem para uma série de estudos sobre esses compostos da Cannabis. E foi em 1983 que o Brasil entrou no mapa da Cannabis Medicinal.
Um grupo de pesquisadores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), liderado pelo médico Elisaldo Carlini, publicaram um estudo duplo cego, randomizado, incluindo uma amostra de oito pacientes, sobre os efeitos do CBD no controle de crises de convulsão.
O estudo foi publicado em uma revista científica de renome, colocando o professor Carlini, como é mais conhecido, na condição de um dos pais da Cannabis Medicinal.
O sistema endocanabinoide
No início dos anos 2000, a ciência começa a se debruçar sobre os estudos do sistema endocanabinoide depois que foram descobertos o canabinoides internos, como a anandamina (N-araquidoniletanolamida) e 2-araquidonilglicerol (2-AG), os receptores CB1 e CB2, presentes em diversas células e sistemas do corpo humano, como, por exemplo, o sistema nervoso central.
O sistema endocanabinoide é uma infraestrutura fisiológica sensível e altamente ajustada, projetada para manter o equilíbrio humano no nível celular.
O entendimento sobre este sistema fornece uma excelente base para entender o papel potencial dos fitocanabinoides nos tratamentos de saúde e começar a aplicar a terapia canábica.
Especialistas ainda estão tentando entendê-lo completamente. Mas, até agora, já se sabe que ele desempenha um importante papel na regulação de uma série de funções e processos, incluindo sono, humor, apetite, memória, reprodução e fertilidade.
Portanto, a Cannabis é uma planta com alto potencial terapêutico, que foi negligenciado durante anos por causa do preconceito e da desinformação, mas que quem vem ganhando espaço devido os resultados positivos no tratamento de diversas doenças e distúrbios como epilepsia, câncer, fibromialgia, transtorno do espectro do autista, ansiedade, depressão, TEPT entre outras.
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